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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO

A ORIGEM E A INFLUÊNCIA INDÍGENA

 

Entre os séculos XVIII e XIX, a região onde se encontrava o Patrimônio do Mirante, atual Cabrália Paulista era habitada exclusivamente pelos indígenas, de duas etnias: os Oti-xavantes e os Caingangues, que com o passar do tempo e a chegada dos colonizadores foram sendo dizimadas.

 

A Igreja Católica, exerceu grande influência no projeto de colonização, quando decide ampliar seus domínios na região onde está hoje os limites territoriais dos municípios de Paulistânia e Agudos, instaurando por meio das missões jesuíticas um novo passo de desenvolvimento. Vale lembrar que de acordo com relatos históricos, esta foi uma das portas de entrada do homem branco rumo aos sertões no interior do Brasil.

 

O NASCIMENTO DO PATRIMÔNIO DO MIRANTE: IMIGRANTES, TRENS E TRILHOS

 

Na última década do século XIX, a colonização caminhava em ritmo acelerado e alavancados pela cafeicultura no ano de 1905, os trilhos da Noroeste do Brasil chega ao vilarejo de Santa Cruz dos Inocentes, atual Piratininga. Seus trilhos inicialmente instalados em Bauru era o ponto de partida em direção ao estado do Mato Grosso.

 

A Companhia Paulista de Estradas de Ferro, a partir de 1910, transpondo o Rio Tiete, também alcança a povoação que vivia na região de Bauru.

 

Movidos por este espírito de aventura, em torno de 1915 dois imigrantes europeus o português Manoel Francisco do Nascimento e o italiano Antonio Consalter Longo adquirindo grande quantidade de terras da família do coronel Virgílio Rodrigues Alves chegam às terras, onde hoje está situada Cabrália Paulista. 

 

As terras de Manoel Francisco do Nascimento era toda a vastidão territorial da margem direita do Rio Alambari para quem desce o rio e o lado esquerdo era de Antonio Consalter Longo até onde hoje está o município de Paulistânia.

 

Antonio Consalter Longo e sua mulher eram italianos e fixaram seu domicílio em uma grande construção de alvenaria próximo de onde nos dias atuais está o prédio da prefeitura municipal de Cabrália Paulista. Era um homem com visão política.

 

Já Manoel Francisco do Nascimento, fixou seu domicílio em uma região mais afastada e suas características apontavam para um homem de hábitos mais simples e sua esposa era descendente de indígenas.

 

IGREJA CATÓLICA E DESENVOVIMENTO: UMA HISTÓRIA

 

Quando as terras foram adquiridas pelos dois imigrantes europeus, o que predominava ainda, era uma vegetação original com grandes árvores de diversas espécies e tamanhos. Por este motivo era muito perigoso se aventurar em meio a uma floresta quase inabitada.

 

Antonio Consalter Longo então, resolve doar 22 alqueires a Diocese de Botucatu a fim de incentivar a nossa colonização, e em 1920 é instalada uma capela em honra ao Bom Jesus do Mirante. A palavra mirante foi acrescida ao nome da capela em virtude da cadeia montanhosa existente em Agudos que passa também por Piratininga, caminho obrigatório para se chegar à Cabrália naquela época. 

 

A decisão de se doar terras à igreja estava surtindo efeito e rapidamente construções de alvenaria começaram a surgir em volta da igrejinha.

 

NOS TRILHOS DO CRESCIMENTO

 

Impulsionado pelo crescimento da região, em 16 de dezembro de 1922, o Patrimônio do Senhor Bom Jesus do Mirante, através Decreto nº 1.893, é elevado à categoria de distrito sendo denominado a partir de então, Distrito do Mirante, pertencente ao município de Piratininga.

 

No início de 1924 começa a linha férrea começa a operar por aqui e o prédio que receberia Estação Ferroviária, ganhou a denominação de Estação Cabrália. Com a chegada da ferrovia, a colonização do futuro município se acelerou de maneira significativa e casas comerciais começavam a surgir. 

 

Foto da recém construída Estação Cabrália, em 1924

 

O vilarejo, que teve as ruas projetadas pelos engenheiros da Companhia Paulista de Estradas de Ferro possuía ruas bastante largas e extensas avenidas. 

 

Foto de como era o antigo Patrimônio do Mirante.

 

Importante ressaltar que este meio de transporte operou até meados de 1970, quando da sua desativação e vale lembrar também que os trens de Cabrália, contavam com as mais altas tecnologias para época e nossa estação foi por muito temo entroncamento de várias vias férreas. 

 

Foto do antigo trem em Cabrália

 

MUITOS NOMES, UMA SÓ CABRÁLIA

 

O Distrito do Mirante crescia exponencialmente e ao mesmo tempo haviam muitas discussões em torno da emancipação, que viria tardiamente, devido à falta de um representante nato e com influência em outras esferas de poder.

 

Foi então que, em 30 de novembro de 1938, através do Decreto nº 9.775 o Distrito do Mirante passou a denominar-se Cabrália, em homenagem ao navegador português Pedro Alvares Cabral.

 

Dois fatores foram decisivos para o decreto. Mirante não tinha nada a ver com as características do lugar e ainda estava trazendo problemas de natureza postal, sendo confundido muitas vezes com Mirante do Paranapanema. O outro fator, também decisivo, foi que, estando a Companhia Paulista de Estrada de Ferro no seu auge, haviam dirigentes que sonhavam compor o abecedário em suas paradas do trem, começando, assim, com Alba e continuando com Brasília, Cabrália, Duartina, Esmeralda, Fernão Dias, Gália, etc...

 

Em 30 de novembro de 1944, pelo Decreto Lei nº 14.334, mudou novamente a denominação, passando a se chamar Pirajaí, em homenagem aos peixes existentes no Rio Alambari. O termo é de origem indígena e significa “lugar do peixe cor de prata”. A principal justificativa para mudança foi a confusão entre o Distrito de Cabrália e o município de Santa Cruz Cabrália, na Bahia.

 

Em uma década quatro nomes diferentes: Mirante, Cabrália, Pirajaí e Cabrália Paulista. De fato, nem seus moradores não sabiam ao certo o nome do lugar onde moravam e o nome Pirajaí nesta época, também estava trazendo muitas confusões com Pirajuí e Piraju. Mas a emancipação viria em breve.

 

DA EMANCIPAÇÃO À CABRÁLIA PAULISTA DE HOJE

 

No decorrer de nossa história foram realizados diversos acordos em busca da emancipação, e até chegarmos a este objetivo muitos deles foram descumpridos e sofremos diversos golpes, pois a emancipação dependia de aprovação na Assembleia Legislativa e sanção à lei pelo governador em exercício.

 

Depois de muita luta e oposição por parte de muitas pessoas conquistamos a emancipação político-administrativa através do Decreto nº 233, de 24 de Dezembro de 1948. O agora munícipio de Cabrália Paulista, pôde soltar o grito de independência e o projeto de lei para emancipação em seu escopo dizia: “Cabrália Paulista não é de ninguém. É de todos, de ontem, de hoje e de sempre. O Brasil foi descoberto por Pedro Alvares Cabral, não foi por outro e Cabrália Paulista também tem seus fundadores Manoel Francisco do Nascimento e Antonio Consalter Longo”.

 

A instalação da 1ª Legislatura se deu em 23/03/1949 com mandato até 26/03/1953, tendo como prefeito Francisco Bueno dos Reis que venceu majoritariamente nas urnas José Benedito Dias da Cruz. A câmara de vereadores possuía 13 representantes, sendo que não havia o cargo de vice-prefeito. José Vanzo foi presidente durante toda legislatura e tinha como companheiros:

- Aracy da Costa Manhães 

- Arthur de Salles Guerra;

- Benedito de Almeida Teixeira;

- Benedito Martins do Nascimento;

- João Giacomini;

- Joaquim dos Santos Camponês;

- Lupércio Zanini;

- Matheus Riga de Oliveira;

- Pedro Portaluppi;

- Santo João Batista Mazieiro;

- Severino Coquemala;

- Vitório Garbulio.

 

Foto do antigo prédio onde funcionava a prefeitura e a Câmara Municipal de Cabrália Paulista, e hoje se encontra  o Supermercado Bom Jesus.

Muitos foram os desafios durante esta primeira Legislatura, pois Cabrália Paulista sofria com falta de orçamento e a Prefeitura não conseguia fornecer serviços básicos a população como pavimentação e saneamento básico. 

 

Francisco Bueno dos Reis (primeiro à direita ao centro) toma posse como prefeito de Cabrália Paulista. Também em pé (primeiro à esquerda ao centro), está o vereador Benedito de Almeida Teixeira, que depois seria eleito vice prefeito e por consequência prefeito.

 

Para finalizar podemos afirmar que apesar das dificuldades que passamos até chegarmos aos tempos atuais, ainda somos uma cidade de um povo aguerrido e trabalhador. Portanto, gostaria de relembrar aqueles que lutaram pela emancipação e estão perpetuados em nossa história, como grandes heróis.

 

Nossa história nos mostra que juntos podemos construir a cidade que queremos e conquistar muitos objetivos. Vamos em frente.

 

Informações extraídas do Livro: De Patrimônio do Mirante à Cabrália Paulista, de Helena Bueno Costa Carvalho.

Blog: O Mirante Sem Montanhas , autor Drey Aparecido Garbulio

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